A idéia é cantar os 90 minutos e mais os acréscimos, mesmo se o Remo estiver completamente batido pelo adversário. Foi assim no jogo contra o Santos(SP), pela copa do Brasil 2010, quando o Santos foi goleado por 4 a 0 pelos meninos da Vila. "Estávamos lá, torcendo. Perdemos, mas conseguimos que alguns outros torcedores se juntassem a gente", disse André Paz, de apenas 17 anos, um dos fundadores do estilo Barra Brava de torcer. "A gente não quer confusão, quer apenas torcer. Cantar até o final", frisou.
Os rits da c33, versão curta do nome da torcida , são embalados ao ritmo de carimbó, a lá Sinhá Pureza e até músicas eternizadas pelo remista Nílson Chaves, como "sabor açai". "Usamos o ritmo e damos uma adaptada na letra", explicou André Luís, outro integrante.
A maneira de vibrar pelo Leão, com paz, sem cânticos ofensivos à torcida rival, é uma tendência no Brasil com novas regras impostas pelo Estatuto do Torcedor. De acordo com a lei, sancionada pelo presidente da República, estão proibidos cantos discriminatórios para evitar a violência e proteger o verdadeiro torcedor, como os aproximadamente 100 membros da c33.
Óbvio que o apelido curtinho é uma lembrança ao tabu remista sobre o maior rival, o Paysandu. "Surgiu em uma das nossas primeiras reuniões quando cantávamos apenas para o Leão de pedra do Baenão", brincou Lucas Sampaio. "Nós criamos a torcida quando o Remo estava fora do campeonato. É assim que surgem as bravas", ensinou André Paz.
Na turma, a média de idade beira os 20 anos. Para baixo, a exceção é o mascote, como é chamado Breno Dias, que jura ter 14 anos. Para cima, a exceção é Célia Silva, dona de casa, 40 anos. "Entrei mais para dar uma força, uma tranquilidade para minha filha", revelou, referindo-se a Milene Souza. "Meu pai fica um pouco preocupado", conclui a menina.
Aos poucos, por meio de coletas, rifas e de ajuda de terceiros, a c33 vai agregando instrumentos, bandeiras, faixas e os trapos-matérias onde se expõe parte da história do clube e homenagem a ídolos. "Já chegamos a ir a regatas para torcer pelo Remo", afirmou o torcedor Jair Neto. "E se o basquete e o vôlei fossem mais profissionais, estaríamos lá, tentando ajudar da nossa forma", sentenciou. "Nós temos amigos, torcedores do Paysandu. As vezes, eles até assistem os jogos com agente", comentou Paz. "Jogamos até futebol contra a Alma Celeste, que tem um estilo de torcer parecido com o nosso. Temos amigos lá.", continuou.
Para expandir a torcida e, sobretudo, a maneira de torcer, a cúpula da c33 faz um pedido. "Queremos mais tempo de vida e que o Remo nos ajude, ganhando em campo" encerrou André Luiz. Já passou a hora de ajudar, leão!
2 comentários:
Gostaria que vc desse uma olhada nesta música que fiz para o clube do remo, ficou legal cara! se dÊ gostaria que introduzisem ela na torcida! http://www.youtube.com/watch?v=PFDCEOi_aLw
Poste na comunidade oficial amigo, a gente pode dar um olho e quem sabe virar msk
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